Elaboração do Calendário 2016: Afinal são só 100kms!
Hoje enquanto estava a acabar de correr num dos meus treinos a que me vi obrigado a remeter durante a última semana por motivos profissionais (1h a um ritmo rápido), ia a pensar no quão bem faz a corrida, no quão desanuviado fico após correr uma hora que seja, no quão relaxado fico após uma corrida e um belo banho de água a ferver! Depois comecei a pensar no estado em que fiquei após uma prova de 100kms e comecei a sentir uma nostalgia, mesmo do corpinho a "pedir chuva"... Parece que quanto mais abaixo vai, mais quer ir, mas a verdade é que as sensações após uma prova dessa exigência são muito mais que positivas, são rejuvenescedoras e dão um mês de felicidade contínua. Ficam alguns dos pontos que mais contribuem para esta felicidade:
1 - O início da prova... Só quem nunca lá esteve não sabe o ambiente que rodeia uma partida de uma prova de 100kms. São os pormenores de cada um, é o gel naquela bolsa porque se estiver na outra vai correr mal, é a problemática de levar o corta vento durante a noite para tentar não passar muito frio sabendo que corremos um risco maior de suar sem necessidade, são os cigarros que já vi um amigo fumar minutos antes de uma prova de 100kms, são as mezinhas de cada um... E se correr bem a partir daí são os pormenores em todas as provas, e depois o nosso peito incha como se fosse o Huk ao dizer "eu faço assim porque também fiz nos 100kms e correu bem"!
2 - O corpo foi abaixo durante a prova... Lamento imenso mas se alguém pensa que vai fazer uma prova de 100kms sem ir uma única vez abaixo, desengane-se! A prova é muito longa, mesmo para os campeões mais de 9h estão sempre garantidas e o mais natural é que o corpo, em algum momento da prova vá abaixo. É óbvio que esses momentos de quebra vão passar, mas essa é a magia do trail, tão depressa estamos em baixo, como rapidamente estamos em cima novamente (para mais informações ler o seguinte artigo do blog Quarenta e Dois Ponto Dois). No final, mesmo naqueles 2kms finais que parecem não ter fim só apetece chorar, pensamos em tudo aquilo que já passámos e mesmo assim ali estamos, prestes a terminar mais uma aventura que podia ter corrido mal, mas que fizemos com que corresse bem.
3 - O final! As lágrimas que falei no ponto anterior são só uma gota num oceano nas emoções que se sentem ao cortar a meta e fazer o pós prova! É o sentimento de dever cumprido, é o sentimento de o trabalho compensar, é o sentimento de companheirismo entre os finishers, é o sentimento de apoio para os desistentes, é o sentimento de ter feito algo que provavelmente nem 1% da população portuguesa faz, é o sentimento de pensar qual é a próxima, é o sentimento de pensar qual será o limite do nosso corpo... Este último sentimento é a essência da felicidade sentida ao finalizar uma prova de 100kms: consegui mais uma vez bater o que pensei ser o limite do meu corpo! E é este sentimento que faz com que o corpo comece a "pedir chuva" e a pensar em maiores objetivos para a próxima época, afinal, são só 100kms!
O calendário de 2016 está a ser elaborado e agora resta-me pensar nestes "só" 100kms como sendo alguns dos objetivos da época! Para breve novidades...
1 - O início da prova... Só quem nunca lá esteve não sabe o ambiente que rodeia uma partida de uma prova de 100kms. São os pormenores de cada um, é o gel naquela bolsa porque se estiver na outra vai correr mal, é a problemática de levar o corta vento durante a noite para tentar não passar muito frio sabendo que corremos um risco maior de suar sem necessidade, são os cigarros que já vi um amigo fumar minutos antes de uma prova de 100kms, são as mezinhas de cada um... E se correr bem a partir daí são os pormenores em todas as provas, e depois o nosso peito incha como se fosse o Huk ao dizer "eu faço assim porque também fiz nos 100kms e correu bem"!
2 - O corpo foi abaixo durante a prova... Lamento imenso mas se alguém pensa que vai fazer uma prova de 100kms sem ir uma única vez abaixo, desengane-se! A prova é muito longa, mesmo para os campeões mais de 9h estão sempre garantidas e o mais natural é que o corpo, em algum momento da prova vá abaixo. É óbvio que esses momentos de quebra vão passar, mas essa é a magia do trail, tão depressa estamos em baixo, como rapidamente estamos em cima novamente (para mais informações ler o seguinte artigo do blog Quarenta e Dois Ponto Dois). No final, mesmo naqueles 2kms finais que parecem não ter fim só apetece chorar, pensamos em tudo aquilo que já passámos e mesmo assim ali estamos, prestes a terminar mais uma aventura que podia ter corrido mal, mas que fizemos com que corresse bem.
3 - O final! As lágrimas que falei no ponto anterior são só uma gota num oceano nas emoções que se sentem ao cortar a meta e fazer o pós prova! É o sentimento de dever cumprido, é o sentimento de o trabalho compensar, é o sentimento de companheirismo entre os finishers, é o sentimento de apoio para os desistentes, é o sentimento de ter feito algo que provavelmente nem 1% da população portuguesa faz, é o sentimento de pensar qual é a próxima, é o sentimento de pensar qual será o limite do nosso corpo... Este último sentimento é a essência da felicidade sentida ao finalizar uma prova de 100kms: consegui mais uma vez bater o que pensei ser o limite do meu corpo! E é este sentimento que faz com que o corpo comece a "pedir chuva" e a pensar em maiores objetivos para a próxima época, afinal, são só 100kms!
O calendário de 2016 está a ser elaborado e agora resta-me pensar nestes "só" 100kms como sendo alguns dos objetivos da época! Para breve novidades...
Já vamos matar saudades no Zêzere :) não são 100 mas são 70 acho que também vai dar tempo :)
ResponderEliminarVamos ter muito tempo sim, o corpo já só pede chuva ;)
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