20ª Paragem 2018: A final das finais! Um misto de emoções!

VI Ultra Trail do Zêzere

Tempo: 06:03:11
Distância: 51.39kms
Classificação Geral: 22º Classificado
Classificação Escalão: 18º SenM

O Ultra Trail do Zêzere vai já na sua sexta edição... Uma prova que já entrou para a "história" do calendário nacional mas que também já entrou para a minha história enquanto atleta! Nas edições de 2016 e 2017 os finais foram verdadeiramente épicos, tendo conseguido em 2016 alcançar o pódio de Séniores no Campeonato Nacional de Trail e em 2017, uma ponta final muito forte permitiu selar o apuramento para a final da Taça de Portugal de Trail. A edição de 2018 prometia ainda mais mas para todos os altetas... A junção do título de Campeão Nacional de Ultra Trail e mais uma vaga para a Seleção Nacional de Trail prometiam ser os "condimentos" essenciais para uma das melhores e mais disputadas provas alguma vez realizadas neste cantinho à beira mar plantado.

A nível pessoal, tinha noção do nível que seria apresentado nesta prova mas nada me impedia de ir lá dar o meu melhor e no fim ver para o que daria! Treinei forte para este objetivo, errei algumas vezes, tentei corrigir os erros e esforçei-me por me apresentar na melhor forma possível... Apesar de conhecer o percurso das últimas 4 edições (com distâncias entre 30 e 70kms), sabia que existiriam algumas alterações ao "normal" percurso apresentado e as conversas que fui tendo no mês anterior faziam antever uma das provas mais duras de sempre com esta distância realizadas em Portugal! A chuva intensa da semana anterior foi apenas a "cereja no topo do bolo" para trazer para esta prova todos os componentes de um evento épico!

A semana anterior foi totalmente focada na prova... A nível profissional toda a gente percebeu o relevo pessoal que atribuí à prova e isso facilitou muito as coisas! A sexta foi praticamente passada a descansar, tentando não focar demasiado (sim, demais também não convém) e no sábado de madrugada segui juntamente com o Hugo e com alguns atletas das distâncias mais curtas para Ferreira do Zêzere! À chegada ao pavilhão onde se concentra toda a logística da prova, a chuva parecia não dar sinais de abrandar... Levantei dorsal, fui-me equipar e fui tentando entrar no ritmo da competição! Não queria falar demasiado, precisava de estar comigo mesmo e de entrar na prova mesmo antes dela começar. Vesti impermeável, segui com o Pedro e o Hugo para a linha da partida e lá me fui encontrando com alguns dos melhores atletas a nível nacional! Dá um gozo tremendo partilhar estas partidas, saber que ali naquele momento todos somos iguais e que após o tiro de partida, quem estiver melhor, ganha e é campeão! Não era adepto deste modelo quando foi apresentado, sempre achei que um campeonato deve ser ganho ao longo das provas mas a verdade é que a partir do último sábado passei a ser um fã da Final do Campeonato Nacional! Cumprimentos entre todos, uns rostos mais fechados e outros mais abertos, um último boa sorte para o Hugo e para o Pedro e estava na hora... Após contagem decrescente de 10 até 0, saímos para a que considerei a Final das Finais (não me recordo de alguma vez ter havido tanta "qualidade" numa só prova).

Equipa pronta para a final do Campeonato Nacional (Foto: Miro)

Os primeiros dois quilómetros eram feitos em alcatrão ou trilhos largos... Nos metros iniciais a frente da prova foi rapidamente assumida pelo Vitor Cordeiro mas o André e o Mário Elson acabaram por pouco depois assumir a frente e impor ritmos muito, muito altos! Tinha noção que esta seria uma prova longa e que não poderia esticar muito os ritmos iniciais, tentei ir com o Pedro Ribeiro e com mais algumas caras conhecidas do Trail e esperei que o resultado final não fosse um valente berro... No final do primeiro quilómetro as primeiras consequências do ritmo inicial já se faziam sentir, os impermeáveis já estavam a fazer demasiado calor e a maior parte do grupo da frente aproveitou os trilhos menos técnicos para tirar o impermeável! Eu mantive-o durante mais alguns quilómetros por saber o quão mal passo com o frio e a chuva... Pouco passava dos dois quilómetros de prova e temos a primeira subida/parede! As primeiras diferenças começam a fazer-se sentir! Pessoalmente acabo por deixar o grupo em que ia seguir e meter o meu ritmo, tentando ao máximo não deixar muito espaço... A parede acabou por passar rápido, fazemos uma descida muito curta por um estradão e viramos à esquerda para um single track que já tínhamos percorrido em algumas edições. Faço a descida controlada mas com a noção que teria que arriscar mais do que o normal se queria ter um resultado no mínimo satisfatório... O trilho continua nos seus altos e baixos característicos da região até entrarmos num estradão também habitual onde dava para esticar um pouco mais as pernas! Os ritmos iam de tal forma altos que aos 4kms, já com algum desnível feito, passei abaixo dos 20' e já com distância considerável para o grupo da frente! Aos 6 quilómetros temos a primeira passagem pelo "público", numa travessia de uma estrada de alcatrão e alguém que eu não consegui identificar grita "tira mas é o impermável"... A verdade é que já o levava aberto e o calor já se fazia sentir!

Passagem aos 6kms na tal zona do público (Foto: Bué das Fotos)

Pouco depois, virávamos à direita e entrávamos no primeiro trilho mais técnico e novo da prova, onde decido tirar o impermeável e guardar no colete! Este trilho contornava a ribeira que por ali passava, obrigava a fazer umas descidas mais complicadas com saltos para quem queria ir no máximo mas pessoalmente era ainda muito cedo para arriscar o que quer que fosse... Optei por ser mais cauteloso, fazer as descidas com cuidado mesmo sendo ultrapassado por dois atletas, se bem me lembro.

Uma das passagens da ribeira, já sem o impermeável

As posições que tinha perdido na ribeira não me deixavam ainda assustado, sabia que ainda teria muita prova e que se tudo corresse bem, poderia ainda recuperar muito do que tinha perdido até ali. Saímos do trilho da ribeira, temos uma subida inclinada onde aproveito logo para tentar chegar mais à frente e seguimos em direção à margem da Lagoa onde seguimos até cerca dos 12kms de prova, momento da primeira grande subida da prova... Uma subida já habitual que nos leva a uma estrada de alcatrão, onde costumamos virar à direita para uma pequena descida, seguindo depois para os depósitos em nova subida duríssima! Mas aqui entrou a segunda grande alteração da prova em relação ao que estava habituado, é que desta vez, quando terminámos a subida no alcatrão, virámos à esquerda e temos... Nova subida! Ou melhor, nova parede!!! Mas que parede... Não sei se alguém correu naquelas centenas de metros mas pelo menos no meu campo visual não se avistava ninguém sequer a esboçar um passo de corrida! A espaços eu era o único que tentava algo semelhante a correr mas rapidamente desistia da ideia... De qualquer das maneiras, assim que terminamos essa subida, levanto a cabeça à procura de fitas e quando dou por mim o Pedro Caprichoso viu e disse-me para onde era o caminho! Já vínhamos a "seguir-nos" um ao outro desde o trilho técnico e praticamente jogámos ao gato e ao rato durante toda a prova, afinal de contas era o nome do blogue que estava em jogo (ahahah). Sigo atrás do Caprichoso, fazemos uma pequena descida e lá encontramos a tal subida que vai direita aos depósitos! Faço-a a passo curto mas a correr ao longo de metade da subida e o restante num passo o mais apressado possível... Após esta subida entramos na descida típica que nos levaria ao segundo abastecimento (honestamente nem me lembro do primeiro, só sei que nem parei), no Lago Azul. 

Chegada ao abastecimento dos 15kms, com o Pedro "Conde" a apoiar toda a gente que por lá passava! É bom fazer amigos no trail! (Foto: Zé Paulo Marques)
A passagem neste ponto não poderia ter sido mais rápida... Toda a equipa de apoio do Caracol a trabalhar para mim, troquei de flask de isotónico que trazia à partida e rapidamente segui caminho atrás do Caprichoso que foi tão rápido quanto eu e que já tinha seguido. A saída deste abastecimento era feita numa zona bastante rápida, por alcatrão mas rapidamente chegávamos a um dos trilhos que também já tinha percorrido em algumas edições anteriores, o Trilho do Xôssé! Uma subida inclinada mas que permitia correr onde aproveitei para assumir a frente do grupo que tinha saído do abastecimento... O corpo continuava a reagir bem e começava a dar sinais de querer acelerar. Logo de seguida, uma pequena descida e fazemos a primeira subida "pedregosa"! Uma subida onde tínhamos que dobrar a perna acima da cintura, onde tínhamos cordas para ajudar a ascensão para a pedra seguinte e rapidamente chegámos ao topo, com uma vista no mínimo, soberba! A dificuldade estava a aumentar mas a intensidade não parecia diminuir... Assim que terminamos a descida, o Caprichoso impõe um ritmo forte e sigo atrás da liderança do grupo na tentativa de não perder o contacto! Passamos a aldeia da Maxieira (pareceu-me o nome que estava na placa), temos uma cortada à esquerda e iniciamos novo trilho... Uma travessia de rio, uma zona ligeiramente técnica e entramos no estradão que dá acesso à capela, um ponto característico, no meio do "nada" e que costuma ser o "marco" do meio da prova, altura que costuma ser positiva para mim (este ano, apesar de ser já perto do meio, ainda ficava a 5kms de distância do abastecimento dos 25kms). Fazemos a subida habitual até à capela, a descida do estradão, mais uma cortada à esquerda e iniciamos aquela que foi para mim a melhor subida da prova... Uma subida constante, longa e que permitia correr forte nos patamares mais planos! Iniciei a subida com um ligeiro avanço que tinha ganho na subida para a capela e a distância foi-se acentuando ao longo da subida ao ponto de quando fiz o cotovelo para a zona da levada, não via ninguém atrás. As sensações estavam a confirmar-se e agora era aproveitar o andamento... Zona da levada feita a ritmo controlado (a altura do penhasco à esquerda não me deixava confiante o suficiente para correr) e seguíamos em direção a nova subida muito dura inicialmente mas que depois permitia ir correndo. Faço a parte mais difícil com o Gil e o Carlos que competiam na prova dos 17kms e que cruzavam o nosso percurso exatamente no início da subida... Assim que o declive aligeira, arranco e acabo por ganhar mais duas posições até ao final da subida! As coisas não podiam estar a correr melhor, sentia-me muito bem e já "só" faltava metade da prova! A descida que se seguia até ao abastecimento era durinha a nível de declives, tentei andar o mais rápido possível evitando os impactos e escorregando de maneira controlada nos rios de lama que íamos encontrando. 

Chegado ao abastecimento tento ser o mais controlado possível, precisava de trocar os dois flasks e não queria entrar em euforias de seguir o mais rápido possível para continuar a recuperar posições... Troquei os flasks, disse ao meu pai que estava a começar a melhorar e segui para a segunda metade da prova. 

Saída do abastecimentos dos 25kms (Foto: Joana Godinho)

Uma zona plana ao lado da lagoa e rapidamente iniciamos nova subida, esta bem mais curta, que substituía os 5kms de estradão que a prova tinha habitualmente e nos levava diretamente ao trilho do rochedo (apelidada carinhosamente por mim), um trilho onde tínhamos autenticamente de escalar para chegar a metade do "aglomerado" rochoso e depois atravessar esse aglomerado segurando em cordas para não dar grandes trambulhões... Mas este ano a organização tinha preparada uma novidade para os atletas que já são "clientes habituais" da prova. Uma novidade que na minha opinião veio trazer mais valor à prova uma vez que a subida tecnicamente até ficou mais acessível mas no que toca ao desnível ficou infinitas vezes mais difícil! Esta subida tinha tudo para ser o meu "ponto de viragem" definitiva da prova, o corpo estava a portar-se muito bem e estava na altura de ir à procura dos lugares que se seguiam imediatamente à minha frente! Mas nem sempre as coisas correm como queremos... Na subida antes deste trilho, a coxa da perna direita já tinha ameaçado "agarrar" mas optei por ignorar, era muito cedo na prova e as sensações não batiam certo com estes ameaços. O problema surgiu mesmo neste trilho do rochedo... O que antes era ameaça, agora era bem real e de tempos a tempos tinha que adaptar um fletir de perna mais acentuado para não ficar ali "agarrado". Todo o trabalho que tinha feito até ali estava a ir por água abaixo, o grupo que tinha acabado de passar estava a aproximar-se e não estava a conseguir aumentar a passada.... Termino a subida ainda na "primeira" posição do grupo mas assim que inicia a descida, perco imediatamente 3 lugares e aproximam-se mais 3 atletas que já tinha deixado para trás há algum tempo. Tudo isto poderia não ser demasiado preocupante, o abastecimento poderia estar perto e poderia tentar recuperar este mau estado mas a verdade é que estava ainda a 5kms e a uma subida enorme e correspondente início de descida do próximo abastecimento. Tentei ao máximo controlar as pernas, tomei um gel logo a seguir à descida e a verdade é que as pernas durante um quilómetro até se portaram bem e depois disso, só nas fases mais duras da subida era obrigado a parar... Ao todo, durante esta última subida e descida tive que parar duas vezes por completo e abrandar cerca de meia dúzia de vezes! Os 3 atletas que me tinham passado já lá iam e os 3 que se tinham aproximado também já tinham seguido mas continuei sempre a ter linha de vista para estes últimos até chegar ao abastecimento dos 34kms, sensivelmente a meio da descida. 

Este abastecimento foi um dos mais extraordinários de sempre e queria aqui deixar um agradecimento especial ao João Martins, um dos elementos do Caracol que mais se sacrifica para ir apoiar os atletas nas provas... Cheguei ao local do abastecimento e tinha o controlo da ATRP, honestamente vinha tão preocupado com as caimbras que só me virei de costas e verificaram tudo o que eu levava na mochila! À minha frente tinha o meu pai a colocar-me um flask num bolso e o João no outro, disse ao meu pai que estava carregado de caimbras e ele rapidamente me orientou para a tenda, para comer algo com sal... Como não gosto de tomate (o que se costuma comer com o sal), fui mesmo direito ao pote e basicamente bebi juntamente com um flask de água! Tentei recuperar minimamente enquanto ia comendo umas batas fritas e estava na hora de seguir caminho... Também nesta fase tenho que agradecer a duas pessoas que ao longo de todo o percurso foram incansáveis no apoio: um senhor de impermeável vermelho que acompanhou praticamente toda a prova e que constantemente me dava palavras de incentivo e com quem troquei umas palavras curiosas e que me deram ânimo sem eu estar à espera: "Isto agora não correu bem" (já lhe tinha dito aos 25kms que a prova estava a correr bem) e o senhor respondeu "Estás entre os melhores, força!". Muito obrigado, sei que provavelmente deveria saber o seu nome mas o foco na prova não me permitia manter o foco no "exterior". Agradecimento também ao Hugo Água que me ia enquadrando sempre na prova e que incentivava sempre a melhorar a minha posição! São estas palavras ao longo de uma prova que nos fazem regressar da "terra dos mortos" e voltar à ação... Juntamente com o sal do abastecimento, foi exatamente isso que aconteceu. 

Saída dos 35kms, com o Hugo Água a incentivar (Foto: Joana Godinho)
A partir daqui entrávamos na fase intermédia da prova no que toca ao desnível (até aos 12kms era mais acessível, dos 12 aos 35kms era duríssima e agora era a fase intermédia, tendo ainda duas subidas longas e duras). A saída do abastecimento coincidia com a fase intermédia da descida, tendo uma fase inclinadíssima na parte final... Acabei por abrandar, não queria forçar demasiado as pernas nem tão pouco escorregar e aumentar a amplitude da passada e preocupei-me mais em descer de forma tranquila. Logo após a descida temos nova subida, uma subida com uma grau de inclinação bastante elevado, tendo uma diferença de elevação de 150mts em cerca de 700mts horizontais, seguindo depois por uma zona de sobe e desce com pouco relevo e finalmente, a última descida pronunciada da prova, que se estendia até aos 40kms! Esta descida era pouco técnica, permitia impor ritmos altos mas o estado do empeno já tinha alguma proporção e a passada já não saía como queria... Perto do fim da descida, quando fazemos a aproximação à zona da lagoa, vejo o Paulo Mesquita que me tinha ultrapassado no final da subida anterior (quando tentava não perder o Marcolino Veríssimo de vista) e tento fazer a aproximação. A partir do quilómetro 40 até ao 45 a toada foi quase sempre constante! Subidas duras (aquela parede intermédia aos 42.5kms foi talvez a parte da prova onde mais nomes me apeteceu chamar à organização) mas o facto de as caimbras terem quase parado, só tendo um ameaço em alguns movimentos mais estranhos da perna, estavam a deixar a motivação em alta e aos poucos ia-me aproximando já sozinho do Paulo e do Caprichoso que seguiam juntos à minha frente. Foi assim que chegámos ao abastecimento dos 45kms, a cerca de 7kms da meta... As pernas estavam a portar-se bem, sabia  pela experiência em outras edições que o final era sempre ligeiramente a subir mas nada comparado com o que tínhamos feito até ao momento! Voltei a tomar um pouco de sal e segui, deixando o Paulo ainda no abastecimento e com o Caprichoso a ter saído poucos segundos antes de mim... Mais uma vez lá estavam o Hugo Água e o Conde a puxar pelos atletas e lançei-me na direção do Caprichoso para tentar ainda ganhar mais alguma posição. 

Saída dos 45kms com o apoio do Hugo Água e da mãe

Assim que saímos do abastecimento temos uma subida curta, aproximo-me bastante mas na descida que se seguiu não só voltei a perder algum espaço como fui ultrapassado pelo Paulo que desceu a ritmos dos quilómetro iniciais, ou pelo menos assim parecia. A descida era curta, fazíamos um par de travessias da ribeira que atravessava a zona e entrávamos numa fase de subida constante onde acabo por alcançar novamente o duo do EDV. Sentia-me bem, ou pelo menos sentia-me melhor do que esperava aos 48kms de prova. O Paulo acabou por ceder a passagem e poucos metros depois ultrapasso também o Caprichoso... A partir daqui a disputa passou a ser a dois (eu não vos disse no início que estávamos pela luta dos blogues?), qual prova de estrada em slow motion. Acabei por assumir o comando deste duo e aproveitei uma das subidas para tentar ganhar alguma distância. Quando senti que isso aconteceu, tentei forçar um pouco mais para não voltar a ser apanhado e a  estratégia resultou, tendo feito praticamente os últimos dois quilómetros sozinho... Tentei manter o ritmo o mais alto que conseguia, tentar manter o lugar em que estava, até porque estava em disputa a classificação coletiva! 

Última "subida" antes do pavilhão (Foto: Ana Tomé)

Finalmente avisto a última subida da prova, aquela ligeira inclinação em direção ao pavilhão onde percebi que aquela seria a minha posição final... Aproveitei aqueles últimos metros para saborear o prazer de ter competido com os melhores atletas a nível nacional e mesmo com condições muito adversas, ter conseguido dar o meu melhor! É certo que este melhor para estas circunstâncias está ainda longe do pretendido mas cá estamos para continuar a trabalhar!

Estado final deste Caracol Apressado

A época de 2018 está prestes a terminar, falta apenas a final da Taça de Portugal de Trail que será disputada na Ilha das Flores, nos Açores e após essa data, muita coisa se irá alterar... Já ontem o meu pai anunciou a minha saída do Caracol Trail Team, juntamente com o Pedro e o Hugo para abraçarmos novos projetos mas ainda vão existir mais algumas alterações! Neste momento a vontade de trabalhar é cada vez maior, quero muito chegar à melhor versão de mim mesmo e a época de 2019 já está a ser preparada. Vão acompanhando o Facebook do Caracol Apressado e a página do Instagram (@tmggodinho) para serem sempre os primeiros a saber das notícias! 

A nível coletivo conseguimos o 5º lugar coletivo, atrás das melhores equipas nacionais pelo segundo ano consecutivo! Esta era a última prova em que disputaríamos um lugar coletivo como Caracol Trail Team (nos Açores não há prémio coletivo) e queríamos ter uma despedida condigna! Missão cumprida!

A nível da organização, do melhor que poderiam ter feito no dia da prova, com um percurso duríssimo e belo para as condições que tinham, um bom apoio aos atletas e uma grande festa do trail naquela que foi provavelmente a prova com mais competição de sempre em Portugal! Gostaria só de fazer dois pequenos reparos: só divulguem os tracks quando o percurso for o final para não acontecer como no meu caso que fui fazer o reconhecimento a outra coisa qualquer que não a prova mesmo seguindo o track disponibilizado por vós; não juntem as provas tantas vezes, correm o risco de acontecimentos como o Dário que não merecia de todo aquele desfecho. Muitos parabéns por esta grande organização! 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

10ª Paragem 2023/2024: Primeira vitória numa ultra, Primeiro controlo Anti Doping no Trail

9ª Paragem 2023/2024: Ultra, porra!

4ª Paragem 2023/2024: Com um brilhozinho nos olhos!