{2021/2022} 4ª Paragem: 4 em 4! Bingo!
12 de Setembro - Corrida do Centenário (10k);
16 de Setembro - Corta Mato Militar Fase II (9k);
19 de Setembro - Corrida do Tejo (10k);
22 de Setembro - Noites Quentes do Restelo (3000mts)
Fonte: O Homem da Maratona |
Após vários meses sem provas, esta era a "receita" para o retorno à competição, o retorno aos ritmos altos, o retorno às sensações de nervos, de pernas a queimar e de vontade de querer mais a cada prova! E após cada uma das 3 primeiras, todos os planos estavam a sair certos. Tal como escrevi no último post, a corrida do centenário foi boa até aos 7kms, o corta mato foi bom por ter voltado aos ritmos mais altos, a corrida do tejo voltou a aproximar-me do meu RP oficial aos 10k e, por fim, restava-me ir ao Estádio do Restelo voltar a uma pista onde tinha o meu recorde aos 1500mts (4'20'').
Embora já não ande nestas lides da escrita há algum tempo, ainda me lembro da "tradição" de falar da semana da prova, das sensações que tive nos dias anteriores, mas a verdade é que os dias de intervalo entre a Corrida do Tejo e as Noites Quentes do Restelo não permitiram grandes sensações. A única tarefa que havia para esses dias era mesmo a recuperação, e só mesmo obrigações profissionais não me permitiram fazer uma recuperação a 100%. A massagem também estava em falta, mas numa prova de 3000mts nada disto podia ter influência... O velho lema de "Sair à morte e acabar morto" era fundamental para um noite quente, com algum vento e com ótimas "lebres". Era um dos mais lentos da série mais rápida e queria muito agarrar os ritmos da frente para tentar que saísse o primeiro Recorde Pessoal da época.
Chegado o dia da prova, viagem o mais rápido possível para Belém e fui logo levantar o dorsal. O tempo já não era muito, então segui para o aquecimento à volta da pista, enquanto se dava início à penúltima série do dia, com alguns nomes conhecidos como o Vitor Oliveira e o Nuno Romão. Tentei aquecer durante algum tempo, porque a prova era demasiado curta para começar com o corpo "relaxado". Quando a série em prova entrou na última volta, tempo de descer à pista, calçar os bicos "novos" (este ano optei por manter os bicos do ano passado para o corta-mato e comprar os novos para as séries e provas na pista). Bicos calçados, estava na hora de fazer duas retas e preparar a partida. Felizmente desenrolou-se tudo bastante rápido e passado pouco tempo, estavam todos os atletas alinhados e prontos para a partida.
Alinhados e prontos para a partida. Fonte: O Homem da Maratona |
Tiro de partida e, durante os primeiros 200mts da prova começa a guerra das "colocações". Um dos atletas sai destacado na frente e, na formação do grupo perseguidor, ninguém quer largar os ritmos fortes da frente. Acabamos por tentar colocar-nos no fundo de um grupo onde sabemos não ter andamento, mas que queremos acompanhar durante o máximo tempo possível. Tal como era expectável, o primeiro quilómetro foi bastante rápido e ainda seguia um grande grupo na frente da prova. Na passagem pela meta (as passagens aos quilómetros são alternadas entre a meta e a linha dos 200mts), o relógio indicava 3'03'', o que indicava que estava a ser uma prova rápida. O segundo quilómetro continuou a rolar-se a um ritmo bastante rápido, mas a passagem aos 1500mts começa a deixar marcas. O atleta que seguia destacado na frente acaba por quebrar e o ritmo de quem persegue sobe automaticamente. Foi a partir desse momento que começou a minha luta contra o relógio. Tentar acompanhar a frente parecia-me uma missão suicida, restava-me tentar manter o ritmo o mais forte possível para perder o mínimo espaço possível para o atleta que seguia à minha frente e, assim, perseguir o recorde pessoal de 9'26''89, que trazia de uma das provas pós 1º confinamento, na Marinha Grande.
Momento em que os ritmos sobem e começo a descolar do grupo da frente. Fonte: O Homem da Maratona |
Esta passagem aos 1500mts acabou por ter muita influência no ritmo "final" do segundo quilómetro, ao ter como tempo de passagem 6'11'', ou seja, 3'08'', uma quebra que não era ideal, mas altamente expectável. A partir daqui não havia muito a pensar, era dar tudo o que tinha, para conseguir fazer um bom tempo, até porque parecia que o recorde já não iria fugir. Neste último quilómetro o ritmo foi praticamente o mesmo que no anterior, 3'09'', levando-me aos 9'20''35 que se constituem agora como novo RP.
Em termos de classificação, tal como escrevi ao longo do texto, esta foi alternando dentro do grupo até aos 1500mts e, a partir daí, só por duas vezes se alterou. Pouco depois dos 2000mts ultrapassei o atleta que tinha saído na frente, e na reta da meta acabei por ser ultrapassado por um atleta que veio sempre perto de mim e que, ao sprintar, acabou por consegui um dos meus objetivos, terminar abaixo dos 9'20''00. Agora é trabalhar para também conseguir baixar essa marca.
Momentos finais da prova, quando "perdi" no sprint final. Fonte: O Homem da Maratona |
De qualquer maneira, ficou a clara sensação que este tempo pode ser batido e que o trabalho está a ser muito, muito bem feito. A falta de ritmo competitivo estava a notar-se muito na primeira prova, mas nesta 4ª prova as pernas já estavam a responder a ritmos mais próximos daquilo que andavam a render nos treinos específicos. Agora vamos continuar a apontar baterias para as próximas provas, para continuar a testar o corpo ao máximo e caírem os Recordes Pessoais em todas as distâncias.
Relativamente a esta época, há ainda muitas novidades para chegar e na próxima semana volto aqui para contar o que aí vem.
Até lá, bons treinos para todos :)
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